Esta linha do tempo apresenta uma análise didática da eugenia no Brasil e no mundo, dividida em períodos históricos e estruturada por quatro eixos: contexto político, contexto normativo, protagonistas e modos de apresentação.
O foco principal está nas dinâmicas nacionais, mas com referências globais que ajudam a compreender continuidades, rupturas e o impacto duradouro da eugenia como ideologia e prática social.
Este material não pretende esgotar o tema, mas servir como ponto de partida para análises críticas e organizadas sobre um dos movimentos mais influentes — e controversos — da história moderna.
A obra de Darwin inspirou avanços científicos — e também justificativas para hierarquizar vidas. Assim nasceu a eugenia.
Quando a ciência virou espetáculo e o corpo virou prova.
A eugenia se consolida como instrumento de modernização racial — moldando políticas migratórias, sanitárias e jurídicas.
Projetos nacionais investem no controle biológico da população. A eugenia vira política oficial.
A face mais explícita e letal do movimento eugenista.
Após o trauma do nazismo, avanços em direitos humanos são conquistados, mas práticas eugênicas seguem presentes, de forma velada, em instituições e políticas públicas.
Políticas de esterilização, segregação e imigração seletiva mostram como a eugenia ressurge sob discursos de modernização, direitos reprodutivos e controle social.
No limiar entre a justiça social e o avanço biotecnológico, o período marca a transição da eugenia clássica para formas sutis de controle baseadas na genética, na estética e na promessa de aperfeiçoamento.
Entre a crise sanitária global e o avanço de regimes ultranacionalistas, o pensamento eugênico ressurge como base implícita de políticas de exclusão — agora mascaradas de ordem, mérito e sobrevivência biológica.